domingo, 23 de agosto de 2009

Dez coisas que levei anos para aprender:

L.F. Veríssimo.

1. Uma pessoa que é boa com você, mas grosseira com o garçom, não pode ser uma boa pessoa.
2. As pessoas que querem compartilhar as visões religiosas delas com você, quase nunca querem que você compartilhe as suas com elas.
3. Ninguém liga se você não sabe dançar. Levante e dance.
4. A força mais destrutiva do universo é a fofoca.
5. Não confunda nunca sua carreira com sua vida
6. Jamais, sob quaisquer circunstâncias, tome um remédio para dormir e um laxante na mesma noite.
7. Se você tivesse que identificar, em uma palavra, a razão pela qual a raça humana ainda não atingiu (e nunca atingirá) todo o seu potencial, essa palavra seria "reuniões".
8. Há uma linha muito tênue entre "hobby" e "doença mental".
9. Seus amigos de verdade amam você de qualquer jeito.
10. Nunca tenha medo de tentar algo novo. Lembre-se de que um amador solitário construiu a Arca. Um grande grupo de profissionais construiu o Titanic.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

O deus das trincheiras.

L.F. Veríssimo (ZH, 20/08/2009)

Dizem que na I Guerra Mundial, durante as tréguas de Natal, de uma trincheira se podiam ouvir as comemorações na trincheira inimiga. Nos dois lados, cantavam hinos cristãos e havia sermões e imprecações a Deus, que era o mesmo para os dois lados, mesmo que as religiões não fossem as mesmas. Os capelães militares sempre tiveram a dura tarefa de convencer as tropas e a si próprios de que o Deus a que rezavam lhes daria a vitória. Já que não podiam dizer que cada lado tinha o seu Deus e o deles era mais forte, inferiam que o Deus invocado era único mas tinha seus gostos, e os preferia. Deus torcia por eles, não importava o que dissessem os capelães do inimigo.
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Não existem capelães com o mesmo problema no futebol, mas está implícita em toda mobilização de fé religiosa antes do jogo um pedido para que Deus favoreça um lado e não ouça o outro. E em todo agradecimento para o alto depois de um gol ou de uma vitória, e em toda frase de exaltação a Jesus impressa numa camiseta, está implícito um reconhecimento da parcialidade de Deus. Deus deveria ser banido dos campos de batalha para não se comprometer com a pior das atividades humanas, agravada pela hipocrisia, e proibido de entrar em campo de futebol para não arriscar sua reputação de isenção e fair-play. A única função de Deus num campo de futebol deve ser a de evitar a perna quebrada e o mal súbito. E, está bem, dar uma fiscalizada no juiz.
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Nada contra a fé de cada um. Acreditar é bom e é bonito, e é claro que a maioria dos jogadores pede e agradece a Deus não vitórias, mas sua integridade física e seu sucesso pessoal, seja jogando no Palmeiras ou no Já Vai Tarde F. C. Mas os jogos da Seleção Brasileira têm se transformado em verdadeiros bazares de ostentação religiosa. Que algumas das marcas de fé exibidas são de picaretagens notórias nem vem ao caso. As vitórias são publicamente creditadas a Jesus, e sua bênção vitoriosa agradecida com fervor. Imagino o constrangimento de jogadores e membros da comissão técnica que não são crentes, ou pelo menos crentes a esse ponto, obrigados a participar daquele círculo de oração de graças, ajoelhados, que tem encerrado as participações triunfais do Brasil em torneios internacionais. Por coerência, o mesmo círculo deveria ser formado nos casos de insucessos brasileiros, para cobrar de Deus a mudança de trincheira.

quinta-feira, 13 de agosto de 2009

Os que sabem

L.F. Veríssimo (ZH: 13/08/2009)

Já se disse que o mundo está nesse estado porque as únicas pessoas que sabem o que deve ser feito, os barbeiros e os motoristas de táxi, estão trabalhando em barbearias e dirigindo táxis em vez de nos governar. Barbeiros e motoristas de táxis têm a solução para tudo e é lamentável que não estejam em posições de comando, onde suas análises e receitas teriam consequências práticas. No Brasil, barbeiros e motoristas de táxi deveriam substituir governantes e políticos e decidir os rumos da nação de acordo com as acuradas exposições que nos fazem da realidade nacional, mesmo sem serem solicitadas.É claro que a substituição de políticos por barbeiros e motoristas de táxi poderia trazer uma contrapartida assustadora: a substituição de barbeiros e motoristas de táxi por políticos desempregados. Imagine-se num táxi dirigido pelo Sarney, espremido no banco de trás com toda a família dele, ou numa cadeira de barbeiro, sem possibilidade de fuga, obrigado a ouvir o Mão Santa falando sem parar enquanto corta seu cabelo – ou vendo o Collor se aproximar com aquele seu olhar furioso e uma navalha. Imagine-se numa corrida longa com o Suplicy na direção, cantando. Imagine a confusão no trânsito com a indecisão dos motoristas entre direita e esquerda, muitas vezes passando de um lado para o outro sem qualquer sinalização. Políticos substituindo motoristas de táxi e barbeiros aumentariam os engarrafamentos e os acidentes, inclusive os de orelhas cortadas sem querer. E, no fim da corrida em táxi dirigido por políticos, ainda haveria a questão do pagamento: o preço seria o que aparece no taxímetro mais um adicional por estresse, auxílio-moradia, subsídio para alimentação, verba de representação, diária de viagem...Apesar deste perigo, acho que vale a pena proporcionar aos barbeiros e motoristas de táxi a oportunidade de darem um jeito no Brasil e no mundo.A teoria, e a certeza das suas convicções, eles já têm. E, se a atual crise do sistema financeiro mundial nos ensinou alguma coisa, é jamais confiar o que quer que seja nos profissionais da matéria. Os economistas falharam em tudo, das previsões às soluções. De agora em diante, deve-se proibir os economistas de se meterem na economia. Deve-se dar vez aos amadores e aos palpiteiros. Que venham os leigos! Com os barbeiros e os motoristas de táxi à frente.

domingo, 9 de agosto de 2009

"O poder dos halteres"

Fonte: http://menshealth.abril.com.br/fitness/conteudo_425543.shtml

Uma grande utilidade dos halteres é no treino visando o emagrecimento. Quando você realiza exercícios anaeróbios, há um aumento em seu metabolismo. Essa aceleração metabólica faz com que o organismo continue utilizando carboidratos e gorduras como combustível mesmo depois da série de exercícios.

Em relação as doenças cardíacas, o exercício regular com pesos melhora a circulação sanguínea e ativa o sistema cardiovascular para oxigenar os músculos (diminuindo o risco de enfarto), aumenta a tolerância à glicose (com relação ao diabetes), fortalece os músculos que dão sustentabilidade às articulações (diminuindo o risco de artrite) e previne contra o câncer de cólon, que está ligado diretamente ao sedentarismo.